Estamos em uma época de conectividade. Precisamos estar conectados e bem informados a todo tempo e o tempo todo. Mas saber utilizar a internet sem abusos no local de trabalho é uma tarefa das mais complicadas. A liberdade às vezes vira libertinagem. Muitas das vezes as empresas não se preocupam em estabelecer uma política transparente do que pode e do que não pode ser feito na rede, e nem sempre os funcionários têm discernimento para se autopoliciar no dia-a-dia de trabalho. As empresas que utilizam algum tipo de política de segurança, nem sempre sabem conscientizar seus funcionários para o uso correto dessas políticas.
Esse uso correto de redes sociais no trabalho pode ser bom para os negócios, mas também pode criar uma série de riscos para os quais faltam ferramentas para análise e combate. A frequência dos ataques de malware aumentou com a mídia social e não para de crescer. Pesquisas em vários países indicam que 52% das empresas detectaram aumento da frequência dos ataques de malware como resultado direto do uso de mídia social, e 27% dizem que, recentemente, esses ataques aumentaram mais de 51%. Somente no Brasil, segundo 58% dos entrevistados, as infecções por vírus e malware estão aumentando devido ao uso das redes sociais.
A grande maioria dos entrevistados concorda que o uso da mídia social no trabalho é importante para atingir os objetivos corporativos e também acreditam que a uso indevido da ferramenta representa grande ameaça à empresa, desde ataque de vírus até compartilhamento de informações confidenciais e estratégicas. Sabemos que as ferramentas de colaboração e redes sociais são apresentadas no mundo corporativo como ótimos meios de se aproximar dos clientes, facilitar a comunicação entre os funcionários e até como forma de aumentar a produtividade e cortar custos, e isso não é de hoje. As redes sociais estão aumentando rapidamente sua renda, graças, principalmente, à publicidade veiculada nelas.
O crescimento das redes sociais está no topo da lista das tendências para 2012 e é comparável ao surgimento do e-mail, há dez anos. Assim como as mudanças causadas de lá para cá, acredita-se que redes sociais serão agentes transformadores. A maioria das empresas hoje está implementando tecnologias de colaboração social que começam com uma política clara do que deve e não deve ser compartilhado sobre a aplicação. É a chamada Web 2.0, colaborativa.
O mais importante de tudo é saber até que ponto as redes sociais são um benefício e onde começam a ser prejudiciais. Um projeto de conscientização, claro e objetivo, deve ser criado junto com os utilizadores dessas ferramentas. Por mais centrado que você seja, você tem que determinar seus limites para que seu foco não seja desviado.
Até breve com mais um Tecnologia em Foco.
Sérgio Rodrigo de Abreu
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