quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cyberbullying: Violência Virtual


Quem algum dia já frequentou a escola, com certeza irá se lembrar das intimidações ou comportamentos agressivos com o intuito de humilhar algum colega. Essas atitudes passaram a ser conhecidas pelo termo inglês bullying, que é derivado de “valentão”, mas não possui tradução possível para o português, e que abrange todo tipo de agressão ou intimidação com o intuito de humilhar alguém. Quem nunca passou por isso, com certeza se lembra de alguém que sofreu bullying.

Apesar de ser um termo novo, no Brasil, o bullying não é atual e nem aparece somente no âmbito escolar. Também é possível ser encontrado em universidades, no ambiente de trabalho e na própria vizinhança, porém, sendo mais comum entre os adolescentes. O lado ruim dessa história é que essa forma de intimidação ultrapassou as barreiras das escolas e chegou ao meio virtual, com o nome de cyberbullying.

Na internet ou no celular, mensagens com imagens e comentários depreciativos se alastram com uma velocidade incalculável tornando o bullying ainda mais perverso. Sem limites no espaço virtual, o poder de agressão se amplia e a vítima fica acuada mesmo fora da escola. E o pior é que na maioria das vezes ela não sabe nem de quem se defender.

Uma das diferenças do cyberbullying é a suposta vantagem que o agressor possui pelo anonimato que a Internet pode oferecer. O que também pode ser considerado um ato de covardia por se esconder na internet. A preocupação de professores e familiares está no fato de que as ofensas virtuais podem se espalhar rapidamente, contaminando todas as pessoas que são conhecidas da vítima. Essas calúnias circulam através das redes sociais, emails, vídeos, blogs e fotologs, mensageiros instantâneos, entre outros tantos recursos, com uma velocidade muito maior do que teriam fora do mundo virtual. As mensagens podem assumir a forma de mentiras, calúnias, ofensas, perseguições, rumores, boatos maldosos e imagens montadas.

Caso o problema seja for muito grave, o ideal é conseguir juntar as provas e com elas em mãos, procurar uma Delegacia de Polícia para se ter orientações de como agir para registrar um boletim de ocorrência. Em muitas capitais do Brasil, a Polícia Civil já possui divisões de combate aos crimes virtuais.

Foi lançado esse ano (2011) o filme Cyberbully. Que conta a história de uma adolescente que se torna vítima de bullying online. Quando sua mãe lhe dá um computador de aniversário, a adolescente se anima pela perspectiva de “liberdade e independência” de se conectar sem a mãe sempre olhando. Mas ela logo se descobre vítima de bullying enquanto visita uma rede social, e, com medo de encarar seus colegas na escola, inclusive sua melhor amiga, ela é forçada ao limite. Confesso que ainda não o assisti, mas a instigante história serve de alerta para que todos saibam da existência dessa nova forma de agressão (virtual). Fica como dica...

Mas não se dê por vencido quando essa situação chegar. Ou faça alguma coisa para evitar que  ela venha a acontecer. Seguem algumas dicas:
Não reaja às ofensas – interrompa a comunicação no Orkut, Facebook e Twitter. Em casos mais graves, o ideal é cancelar a conta que você tem nos sites.
Converse com um adulto em que confie. Que tal os seus próprios pais? Eles podem delatar os cyberbullies à polícia, já que mensagens racistas ou ameaças são consideradas crimes.
Denuncie e salve qualquer comentário ou mensagem maldosa que receber – print screens com data e horário, nomes do usuário agressor podem ser usados como provas.
Denuncie o Cyberbullying nos próprios sites. Tanto o Facebook quanto o Orkut e o YouTube possuem páginas de denúncia se você está sofrendo bullying.
Oriente a família - Aconselhe seus filhos para que eles não reajam aos ataques via internet.
Promova o respeito - Incentivar o respeito às diferenças e sobretudo ao ser humano ajuda a formar uma sociedade livre de bullying.

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

Nenhum comentário:

Postar um comentário