No Brasil,
desde 1996, as eleições são através de urnas eletrônicas, que nada mais é do
que um computador onde são gravados os votos dos eleitores sem que haja a sua
identificação. Nesse final de semana tivemos um plebiscito histórico no país,
onde eleitores paraenses decidiram manter do Pará unido e negaram a divisão
territorial para criação dos Estados de Carajás e Tapajós. Outro plebiscito em que foi utilizada a urna eletrônica
foi o de desarmamento de armas em 2005. A tecnologia utilizada nas eleições do
Brasil ajuda no rápido resultado das eleições. Em poucas horas já se tem o
resultado conhecido.
Pioneiro nessa
tecnologia, vários países vêm até aqui para conhecer nosso sistema de votações.
Mas o equipamento brasileiro pouco evoluiu desde a sua criação. Assim como no
Brasil a China já utiliza as urnas em 100% das suas eleições. Mas existe quem
seja mais avançado ainda. No Reino Unido, Estônia e Suíça os eleitores podem
votar pela internet. Assim como nas eleições para prefeito no Canadá e nas
eleições primárias nos Estados Unidos (em alguns estados). Nesses locais, o
voto pode ser registrado até usando celular.
Na
Suíça, os eleitores recebem em casa uma senha para que possa acessar o sistema
de voto. Já na Estônia, cada cidadão possui um cartão de identidade que possui
um microchip que pode ser lido pelo computador e identificá-lo, permitindo
acesso ao site de votação, funcionando como um certificado digital. Desta
forma, eles podem votar em qualquer lugar do mundo em que estejam, sem precisar
cadastramento ou burocracias, como as vistas aqui no Brasil, onde quem está
simplesmente fora de sua cidade não pode sequer votar para governador.
Vários países
ainda hoje usam cédulas eleitorais não por falta de tecnologia, mas de
confiança. Exemplo disso é a Alemanha que chegou a testar uma urna holandesa,
mas houve uma invasão de um hacker holandês, fazendo com que as eleições na
Alemanha voltassem para o processo manual. No Brasil o investimento está na
casa dos 200 milhões de reais em segurança.
No final das
contas, o meio que é usado para a votação é, na verdade, o que menos importa. O
mais importante de tudo é que a população vote com consciência, analise as
propostas e escolha os candidatos que realmente acha que podem trazer
benefícios para sua comunidade, cidade e/ou país. Voto de protesto em pessoas
visivelmente incapacitadas para ocupar o cargo é algo inaceitável. Não somos
palhaços nem devemos fazer do nosso país um circo.
Até Breve com mais um Tecnologia
em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu
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