segunda-feira, 12 de março de 2012

Fobia Social versus Redes Sociais


A fobia social também é conhecida como transtorno de ansiedade social, transtorno ansioso social ou sociofobia. Trata-se de uma síndrome ansiosa caracterizada por manifestações de alarme, tensão nervosa e desconforto desencadeadas pela exposição à avaliação social. A condição psiquiátrica, segundo a psicóloga Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informática da PUC/SP, é bem difícil de ser revertida, uma vez que se trata de uma pessoa com timidez extrema. 

De acordo com a psicóloga, uma pessoa diagnosticada com fobia social tem vergonha de comer na frente dos outros, não conta dinheiro em público com medo de errar, não fala com estranhos e mal consegue se comunicar com conhecidos. Além disso, ela se sente muito mal em situações que precisa conhecer pessoas novas.

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Maryland (Estados Unidos) levantou uma questão interessante sobre as redes sociais. Será que o Facebook e outros sites de relacionamento virtual podem acelerar o surgimento da fobia social e a depressão? De acordo com Luciana Ruffo, do Núcleo de Pesquisa de Psicologia em Informática da PUC/SP, quando uma pessoa já tem pré-disposição ou apresenta sintomas de que não está bem, as redes podem ser uma facilitadora.

sites como Facebook, Orkut ou Twitter são canais que trazem prazer e preenchem uma lacuna na vida da pessoa como a falta de contato com outros seres humanos. Com isso, é possível que a rede contribua para que o usuário permaneça mais tempo isolado e faça deste ambiente virtual sua fuga. Uma pessoa que tem dificuldade de se relacionar vai encontrar ali pessoas para participar da vida e, às vezes, este contato virtual é o suficiente.

Um indivíduo com propensão à depressão e fobia social tende a usar as redes de forma dependente da mesma forma como acontece com as drogas. A pessoa faz daquela prática sua evasão dos problemas. No entanto, a dependência à internet, não é identificada pela quantidade de tempo gasto na rede, mas sim nas coisas que foram deixadas de lado para que o usuário permanecesse conectado. Aquele que deixa de fazer coisas e estar entre amigos e família para permanecer conectado também tem maus hábitos na rede. O problema não é a ferramenta. É o uso que fazemos dela.

O Lado Positivo

Por outro lado, as redes sociais também podem auxiliar no tratamento da fobia social. A psicóloga conta que, durante a atividade terapêutica, é necessário fazer com que o paciente encontre suas habilidades e, para isso, é possível utilizar ferramentas extras como, no caso, sites de relacionamento. Porém, para que o resultado seja positivo, é necessário que a pessoa tome consciência de que os relacionamentos que ela mantém na rede podem ser transportados à vida real. "Até dá para usar a rede como recurso, mas depende muito do caso. O paciente precisa gostar deste tipo de site e o psicólogo precisa ter familiaridade com estas ferramentas".

A duvida sempre será: a internet é uma fuga ou uma solução para os problemas ? Sabendo usar pode ser uma solução, mas se passar a utilizar para construir uma imagem da maneira que quiser, criar uma personalidade que pode ou não ser a verdadeira, pode passar a ser um grande problema.

Fonte: OlharDigital

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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