terça-feira, 27 de março de 2012

Síndico 2.0: Tecnologia em Condomínios


Desde agendar o salão de festas a postar classificados, a presença online de um condomínio pode agilizar processos e ajudar na interação entre moradores

Em Belo Horizonte, Minas Gerais, existe um condomínio que modernizou processos "caneta-e-papel" através da criação de um site na internet. Com isso, processos como reservas, marcação de uso das áreas comuns e boletins de avisos aos moradores foram todos agilizados. Não seria ótimo se isso fosse uma realidade para todas as moradias?

Osmar Lazarini, arquiteto de soluções da Prompt-TI, é responsável pelo projeto "siteparacondominio.com.br", uma iniciativa da empresa para criar uma presença online para moradores de conjuntos. Segundo ele, a intenção de modernizar processos de dentro de um condomínio foi a primeira inspiração.


"É comum que todos - nós e o síndico - tenhamos nossas próprias profissões e estejamos impossibilitados de nos fazer presentes o tempo todo", diz Lazarini. "É por isso que ter um site para o gerenciamento do condomínio é essencial atualmente, pois ele passa a ter a função de automatizar processos como ocorrências, reservas de áreas comuns, convocação de assembleias e quadro de avisos". No caso de Lazarini, seu projeto ainda conta com enquetes para decisões gerais como a cor da pintura, além de cadastro de condôminos, carros e vagas na garagem e informações de fornecedores e contratos.

Sérgio Murilo, gerente do Condomínio Costa Di Fiori - aquele do início da matéria -, concorda que a centralização dos processos do condomínio para um site auxiliou muito a vida de gerentes e moradores: "antes, nossas reservas eram feitas por escrito, em uma agenda na portaria. Modernizar esse aspecto nos permite dar respostas mais imediatas ao cliente, atendê-lo de forma mais rápida e eficaz". O gerente ainda diz que, com o site, "os moradores têm tudo à mão": "Tudo o que se passa no condomínio está no site: livro de ocorrências, classificados para quem oferece serviços, interação entre os moradores. Está tudo lá dentro. Nossos moradores dizem que a vida aqui melhorou 100%."


Mas, mesmo em tempos de modernização imobiliária, um fator ainda permanece ausente: "Existe, hoje, o acesso via smartphones - entretanto, o formato é em páginas de internet (Acesso via HTTP). Estamos trabalhando em aplicativos mas isso é algo que provavelmente ficará para o ano que vem", explica Lazarini.

A boa notícia que ele dá, contudo, é que já há ferramentas de integração com redes sociais. Ainda não é possível, por exemplo, logar-se no condomínio com a conta do Facebook, mas é possível compartilhar material interessante de dentro do site do condomínio na rede social - como classificados de serviços entre moradores, por exemplo. "Gosto de ver a interação entre moradores pelo site como uma rede social própria - uma social long tail, seria o termo certo. Existe um sistema de mensagens instantâneas onde é possível promover bate-papo entre os condôminos".

E tem mais: "Se um síndico deseja um recurso novo e, ao nosso entendimento, vermos que isso pode aprimorar o atendimento dos demais condomínios, implementamos a novidade em nossa ferramenta de base e estendemos o novo recurso a todos os clientes", completa.

Para implantar este tipo de serviço, Lazarini aponta que os custos são relativamente baixos já que a base do site para condomínios é a hospedagem em cloud computing. Cerca de R$ 250 a R$ 300 mensais já são suficientes para criar um site com recursos básicos. Para ele, isso é uma tendência de mercado pois oferece mais transparência na gestão: "É uma forma de baratear custos, pois síndicos podem lançar as compras de material do condomínio diretamente no site, tornando a relação com seus moradores mais direta e ética - quem quiser acompanhar, é só acessar e dar sua opinião".

E será que ainda existem síndicos e condomínios resistentes a essa modernização?  "Desconhecimento do poder dos sites, resistência ao uso de tecnologias, zona de conforto, mas principalmente, síndicos resilientes que deixam a gestão por conta das administradoras, mantendo apenas o contato superficial com os moradores, podem não gostar da novidade". E você, já conversou com seu síndico hoje? O que acha de sugerir isso na próxima assembleia de moradores? 

Fonte: OlharDigital

Até breve com mais um Tecnlogia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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