terça-feira, 24 de julho de 2012

Olimpíadas 2012: Conheça a tecnologia por trás do transporte público de Londres


As arenas fazem parte, é claro. Mas, o setor que mais recebeu investimentos para esses jogos de Londres foi o transporte público! São números de dar inveja: cerca de 6 e meio bilhões de libras – ou quase 18 bilhões de reais foram gastos para modernizar o sistema de transporte de Londres. Para você ter uma ideia, o governo brasileiro anunciou que pretende investir cerca de 11 bilhões de reais para modernizar o transporte brasileiro para a Copa do Mundo. Detalhe: enquanto os ingleses gastaram 18 bilhões apenas em Londres, nós vamos gastar 11 no país inteiro. Outro detalhe importante. Por aqui, as obras estão totalmente prontas desde o ano passado. São trens mais modernos, novos ônibus e novos terminais. Justine Greene, secretaria de transportes inglesa é quem explica:

"Esses serão os jogos do transporte público. Então, nós tínhamos que ter certeza de poder atender a demanda. Isso envolveu planejamento antecipado, para fazer obras públicas e, ao mesmo tempo, manter Londres se movimentando", diz explica Justine Greene da secretaria de tranportes do Reino Unido.

Atualmente, o sistema de transporte de Londres responde por 12 milhões de deslocamentos diários. Durante os jogos, esse número deve subir para cerca de 15 milhões de viagens todos os dias. E tudo foi pensado para oferecer o máximo de conforto a quem for assistir ao jogos. Por exemplo: quem comprou ingressos para assistir a uma competição qualquer, no dia do evento, não pagará nada para usar o transporte público. O bilhete para entrar no estádio inclui um passe que oferece livre acesso a ônibus, metrô ou trem. Um dos desafios para oferecer essa comodidade aos visitantes foi integrar a informação. Foi preciso criar um sistema inteligente para unificar todos os dados.

Durante os jogos, todos receberão um cartão chamado Oyster. Com esse cartão, as pessoas poderão usar ônibus, metrô, trens – qualquer meio de transporte público.

Isso inclui até passagens no trem bala britânico. Ele é chamado de Javelin – e viaja a mais de 300 quilômetros por hora. Os passageiros do Javelin conseguirão chegar ao estádio olímpico em apenas 7 minutos, partindo da estação mais distante de Londres.

Por falar em estação, essa aqui será o principal terminal para os jogos olímpicos. O terminal Stratford, na região leste de Londres, foi transformada num grande entroncamento, por onde chegam e passam várias linhas de metrô, de trem e de ônibus. Stratford foi transformada num dos principais terminais europeus. Para atender essa operação super complexa, a estação ganhou um centro tecnológico, totalmente automatizado – em que os computadores comandam tudo. Aos operadores humanos, cabe apenas a supervisão.

"Tivemos que aprender a trabalhar todos juntos: quem opera os ônibus, quem opera as estradas, quem opera os trens. Todos estamos trabalhando coordenadamente para os jogos", disse Peter Masterman, gerente de operações do terminal stratford.

Esse é, sem dúvidas, um dos símbolos de Londres. Os ônibus vermelhos de dois andares, chamados por aqui de Route Masters (lê-se rút másters), foram aposentados em 2005. Atualmente, apenas alguns fazem rotas turísticas. Mas, agora, por ocasião dos jogos, os Root Masters estão de volta: modernizados, com motores híbridos. Os modelos mais novos são assim: poltronas alcochoadas na parte de cima. E um deck aberto, ao nível do meio-fio, para facilitar a subida e descida de passageiros. Evidentemente, não há catracas, os passageiros apenas aproximam seus cartões de um terminal, que valida o bilhete. Apesar de impressionantes, os novos ônibus estão longe de ser consenso. 

Ao custo de quase 4 milhões e meio de reais por veículo, eles se transformaram em ponto de discórdia, com muita gente dizendo que eles são economicamente inviáveis. De qualquer modo, quem estiver em Londres durante os jogos – e também depois deles: já que os ônibus estão sendo incorporados à frota permanente – vai poder experimentar um passeio tipicamente inglês.

Fonte: OlharDigital

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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