sexta-feira, 6 de julho de 2012

A hora e a vez da tecnologia para ajudar na educação


Com tantos recursos disponíveis em celulares, tablets e aparelhos com internet móvel, crianças e adolescentes tornam-se – e admitem ser – cada vez mais “dependentes” dos dispositivos modernos. No entanto, especialistas afirmam que, com a orientação certa, a tecnologia pode ser uma grande aliada do aprendizado.

Segundo a professora de cibercultura da Faculdade de Comunicação e Artes da PUC Minas, Daniela Serra, o problema não está na tecnologia em si, mas no uso que se faz dela. “Proibi-la é uma batalha perdida”, diz.

Porém, se o consumo desses recursos for excessivo e sair do propósito educativo e cultural, o desenvolvimento e a socialização do aluno podem ser prejudicados.

Para conscientizar os estudantes sobre o uso do celular em demasia, o colégio Marista Dom Silvério, no bairro São Pedro, zona Sul de Belo Horizonte, criou o Dia sem Celular, realizado neste mês.

A campanha teve slogans como “Um gesto de carinho é muito mais do que 140 caracteres”, em referência ao espaço máximo para textos no Twitter, e foi sugerida pelos próprios alunos. Eles repararam que têm muitos amigos nas redes sociais, mas não conhecem bem os colegas que veem diariamente. “Muitas vezes, eles ficam juntos no recreio, mas cada um interage com o próprio celular”, diz o coordenador de pastoral do colégio, Rafael Basso.

No Marista, o desafio é transformar tecnologia em ferramenta pedagógica. Exatamente o que aconselha a professora Daniela: “Nós, educadores, devemos estabelecer quando ela é bem-vinda e quando não é. Pais e professores devem apontar os caminhos corretos”.

A mãe de Júlia de Melo, de 13 anos, fica de olho na navegação da filha no tablet. O aparelho só é permitido nos fins de semana e, fora disso, só para pesquisas escolares. “Não sou tão ligada em tecnologia para me relacionar. Prefiro contatos pessoais”, diz a menina.

No colégio Nossa Senhora da Piedade, no bairro Calafate (Oeste de BH), celulares também devem ficar desligados em sala. As atividades na internet são monitoradas pelos professores. Alunos como Beatriz Masiero, de 4 anos, já aprenderam a manusear o mouse e a abrir programas e sites com jogos educativos.

Mas há quem ainda resista a tantas tecnologias. É o caso de Marcela Ferreira, de 16 anos, que não quer saber de celular nem de Facebook. Ela tem um cartão de telefone público, para quando precisar falar com os pais. “Meus amigos dizem que sou de outro planeta, mas ainda não senti necessidade de ter essas coisas”, diz.
Fonte: Hojeemdia

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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