quarta-feira, 9 de maio de 2012

Empresas usam redes sociais para seleção de profissionais

Quase 90% dos executivos de recursos humanos, nos EUA, usam o Facebook para contratações

Um aviso para quem ainda acredita que o Facebook serve apenas para fins pessoais e está à procura de emprego: tenha cautela com as publicações. Apesar de existirem redes específicas para contato profissional, como o LinkedIn, é na de Mark Zuckerbeg que os recrutadores estão de olho. Depois de ouvir 800 executivos de recursos humanos dos Estados Unidos durante todo o ano de 2011, a empresa de consultoria Jobvite constatou que 87% deles devem usar a rede social para contratar este ano.

Apesar de o dado se referir apenas à terra do Tio Sam, os brasileiros podem aderir à ideia de pensar mais no que compartilhar nas páginas pessoais, porque a moda está chegando por aqui, ainda que timidamente. De acordo com a gerente de recrutamento e seleção da Prestarh, Sandra Marotta Neves, a rede social tem sido considerada cada vez mais uma janela aberta para observar o comportamento dos candidatos.

Invasão de privacidade ela garante que não é, já que as empresas conseguem ter acesso apenas ao que o usuário permite.

“Seria interessante se as pessoas se comportassem e se comunicassem em uma entrevista da maneira que agem no dia a dia, mas isso nunca acontece. Querendo ou não, há informações importantes que são omitidas”, explica a gerente, referindo-se, por exemplo, a publicações sobre o que pensam do atual trabalho, páginas que curtem e até se escrevem certo.

O estudante de publicidade Vinícius Vihred, de 23 anos, foi contratado por meio de um processo seletivo que envolvia, diretamente, o uso das redes sociais. Para provar que era capaz de assumir a vaga de redator em uma agência de publicidade, ele teve que promover ações no Twitter e no Facebook e convencer os recrutadores.

No caso dele, que sabia que estava sendo monitorado, a responsabilidade com as publicações era critério pessoal. “Não é questão de preocupação e, sim, de bom senso. Vejo que muitas pessoas que estão em minhas redes sociais publicam, por exemplo, que estão com preguiça de trabalhar ou que passam o dia inteiro fazendo atividades paralelas”, comenta.

A diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH) em Minas Gerais, Lara Castro, vê as buscas de profissionais pelo Facebook como uma ferramenta para ajudar na escolha dos profissionais. “A intenção é verificar se a postura mostrada nos testes psicológicos e durante a entrevista condiz com o perfil exposto no Facebook”, declarou Laura. Ela orienta: “Estamos em uma era de muita exposição. Tome cuidado com os excessos e evite publicações ofensivas ou preconceituosas”.

Fonte: HojeemDia

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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