segunda-feira, 17 de setembro de 2012

BYOD obriga à revisão das políticas de segurança


Empresas dizem não a esse movimento, mas devem se preparar para controlar os dispositivos pessoais usados para o trabalho.
Por: Ellen Messmer, NetworkWorld/EUA

A primeira reação de muitas empresas é dizer não ao crescente movimento do "Traga seu próprio dispositivo", o  BYOD. Mas depois, muitas avaliam melhor e voltam atrás.

A demanda pelo BYOD é crescente em companhias de diversos segmento. Funcionários de empresas de governo, manufatura, saúde, alta tecnologia e escritórios de advocacia querem usar seus aparelhos pessoais no trabalho e desafiam as práticas tradicionais da TI. Especialistas alertam que será difícil fechar aos olhos para a consumerização e recomendam que as companhias revejam suas políticas para entrar nessa onda com segurança.

A Burr Pilger Mayer disse não ao BYOD quando os funcionários começaram a levar seus dispositivos móveis para a companhia. Mas agora, passados quase dois anos depois, a empresa conta com uma política específica para a prática.

Na Foley & Lardner LLP, cerca de 600 advogados têm a opção de BYOD de forma voluntária ou subsidiada. A empresa permite o uso dos aparelhos com custo zero e espera que BYOD que substitua os terminais corporativos, diz Rick Varju , diretor de engenharia e operações. O executivo constata que que a consumerização virou uma mania e atormenta muitos CIOs.

Devido a preocupações com a segurança e conformidade, os departamentos de TI estão exigindo que usuários BYOD concordem com as regras para uso de smartphones e tablets. Eles obrigam os funcionários a usarem software de gestão e de segurança nos aparelhos pessoais. Também informam que são monitorados. Os empregados assinam documentos em que tomam ciência das políticas BYOD.

John Pironti, presidente da empresa de consultoria IP Architects, que assessorou a ISACA em questões BYOD de segurança, afirma que as questões jurídicas são mais difíceis de responder do que geralmente as de tecnologia.

Em alguns lugares, Piront acredita que o BYOD deverá ser rejeitado por representar um risco muito grande. As companhias temem a violação da privacidade por parte do usuário. Mas orienta as empresas a buscarem meios de acomodar a consumerização de forma a atender a todos.

Gestão dos aparelhos

Na empresa Burr Mayer Pilger, os aparelhos do BYOD são auditados como qualquer outro dispositivo corporativo. Os funcionários têm que concordar com a utilização do software de gestão de dispositivos móveis e serviços necessários.  Os empregados devem aderir a tipos específicos _dispositivos iOS e Android, de preferência _  e são proibidos de usar 'jailbreak' em smartphones da Apple para desativar a segurança.

"Eles têm que concordar que a empresa limpe o aparelho", diz o CIO Jonh Peters, acrescentando que a companhia também tem o direito de monitorar o dispositivo. Mas todas essas medidas, segundo ele foram implementadas com conscientização e não geraram desconforto.

"Não estou confortável com BYOD", diz Brad Hillebrand, diretor de tecnologia da empresa de tintas e revestimentos Rust-Oleum. Para não correr riscos, a companhia adotou uma solução da GroupLogic que permite aos funcionários usarem o  "modo pessoal" nos aparelhos corporativos. Este modo é ativado pelo software MobileIron e AirWatch que separa as atividades pessoais das de negócio "Em vez de BYOD, estamos fornecendo o modo de pessoal", diz Hillebrand.

Enquanto os usuários parecem felizes com isso, Hillebrand reconhece que a prática adiciona custos. A TI gera relatórios mensais para ver como "modo pessoal" está sendo usado, especialmente em termos dos planos de dados sem fio.

Algumas organizações acreditam que BYOD traz economia pelo fato de a empresa não precisar comprar aparelhos corporativos. Entretanto, o modelo obriga investimentos em gestão. Pesquisa recente com 116 CIOs sobre BYOD constatou que quase um quarto permite o BYOD em suas organizações. Entre estes, 20% disseram que a estratégia aumentou em mais de 20% os gastos da TI.

No entanto, a pesquisa constatou que 60% dos entrevistados disseram que aderiram a "abordagem tradicional de propriedade corporativa com responsabilidade", enquanto 22% praticam uma mistura de ambos em que o funcionáio também assume parte das despesas.

Um em cada dez disse que suas empresas tinham adotado "totalmente BYOD" espera que todos os funcionários paguem suas taxas de serviço mensal. Outros 8% o modelo com políticas de reembolso.

Fonte: cio.uol.com.br

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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