segunda-feira, 18 de junho de 2012

Afinal, o que é fotografia?

De um lado, temos o equipamento fotográfico em si e suas variáveis técnicas e estéticas para a obtenção de um bom resultado. Do outro, apresenta-se a as áreas em que se pode utilizar a imagem.


Por que queremos fotografar? O que está realmente envolvido? O que a fotografia é capaz de causar ? Como fica a questão de  expor informação e ideias? E o que faz  uma fotografia ser considerada boa ou má?

Um dos principais interesses da fotografia para a maioria das pessoas resume no atrativo do próprio equipamento. Mas, de um modo geral, não se fotografa apenas para se ter o prazer de ver as câmeras em funcionamento ou para aquecer seus circuitos de vez em quando.

Os resultados podem ser avaliados e apreciados como sendo um recorte de caráter excepcional de qualquer coisa,com forte tonalidade ou excelentes cores. O processo propriamente dito fornece os meios de “captar o que se vê”, produzir imagens das coisas que nos cercam e sem termos que, desenha-las ou obte-las por outros meios.

Outro aspecto ainda é o prazer da estruturação visual das fotografias. É, de fato, um verdadeiro prazer conceber as imagens com linhas e das formas, o grafismo, o equilíbrio das tonalidades, o selecionar e enquadrar das cenas – seja qual for o assunto que se fotografa. Uma pequena mudança do ponto de vista ou a escolha de um diferente horário  muda tudo.

Talvez  a fotografia nos tenha impulsionado como ferramenta para transmitir algo, de uma maneira rápida, cômoda e exata, sem precisar desenhar ou escrever. A câmera fotográfica constitui o nosso bloco de notas visual. Nossa leitura ou interpretação dos fatos que vivemos e reputamos como verdadeiros.

O aspecto oposto da fotografia reside na sua condição de manipular ou interpretar  a realidade, de modo que as imagens acentuem qualquer “ângulo” ou atitude da nossa parte. Despertamos necessidades ou induzimos situações, como na fotografia publicitária ou preferimos fotografar  certo detalhe especifico de um acontecimento e não outro, como no fotojornalismo e fotografia documental.

Outra razão pela qual se fotografa é por querer dispor de um meio de expressão pessoal, como trabalho autoral ou documental. Seria como escrever, sem ter o compromisso de produzir literatura. A matéria  que constitui o objeto fotografável pode ter menos importância do que a forma pela qual ele é apresentado.

Como principiante, devemos manter nosso espírito aberto. O primeiro passo, sem dúvida, seria um curso básico de fotografia, para começar a experimentar este novo universo. Procure entender a luz como zonas de tons, conforme pregava o fotógrafo americano Ansel Adams. Outro fator importante é a observação. Observe, fotografe com a sua imaginação, estimule sua criatividade. Procure ângulos ousados e inustados.

O fotógrafo não deve se preocupar apenas com fotografia. Sua atualização cultural é.  Assista bons filmes, veja o olhar fotográfico do diretor de fotografia, posição de câmera, hora do dia, efeito da luz. Procure compreender o que ele fez para conseguir excelentes resultado.  Analise imagens de outros fotógrafos. O que você faria se tivesse clicado no lugar dele? Veja outras formas de manifestação artística e se inspire com novos conceitos e ideias. Faça de tudo para fugir da rotina. São cansativas, estressantes e acabam com o prazer que qualquer atividade possa trazer. Um bom livro para exercitar a mente e o espírito também é recomendado.

Não esqueça que a  boa fotografia  demanda controle da luz,  sensibilidade, cultura e intelecto criativo do fotógrafo. Seu tripé de sustentação está apoiado na técnica, estética e na mensagem, a história que o fotógrafo quer contar por meio das imagens que produziu.


Fonte: Enio Leite em Fotografia DG

Veja algumas de minhas fotografias em: http://www.flickr.com/photos/sergiorabreu/

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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