O termo tecnologia, de origem
grega, é formado por tekne (arte, técnica ou ofício) e por logos (conjunto de
saberes). É utilizado para definir os conhecimentos que permitem fabricar
objetos e modificar o meio ambiente, com vista a satisfazer as necessidades
humanas.
Usamos o termo “Tecnologia da
informação” (ou TI) corriqueiramente em nosso dia-a-dia. Nos referimos aos
nossos departamentos e equipes como TI, temos cursos acadêmicos que tratam de
gestão de TI, produzimos software, compramos hardware, e, no fim, chamamos tudo
de TI.
Mas neste universo tão vasto
como podemos, então, definir “Tecnologia da informação”? A pergunta parece
obvia, mas a resposta não é trivial. Tente por um momento definir Tecnologia da
Informação, e logo perceberá que pode ser mais difícil do que parece. Em busca de alguma definição, entenda separadamente o que é tecnologia e o que é informação.
Tecnologia: Quando falamos em tecnologia,
imediatamente nos vem à mente toda forma de equipamento eletrônico que está
disponível em nosso mundo atual. Dizemos que algo é altamente
tecnológico quando é capaz de realizar grandes feitos através de hardware e
software (como um foguete que leva o homem ao espaço). Esquecemo-nos que, em
relação à história da humanidade, o surgimento destes equipamentos é recente, e
que a tecnologia é algo muito mais antigo e muito mais amplo. Desde o domínio
do fogo até as caminhadas espaciais, temos produzido grandes feitos de alta
tecnologia, pois exigiram que o homem estudasse o ambiente e encontrasse
maneiras criativas de resolver problemas. O que é importante perceber aqui, é
que tecnologia é um conceito que não pode ser reduzido a aparelhos cheios de
botões que compramos em lojas especializadas. Ou seja: tecnologia deve nos remeter as
inovações criadas para resolvermos problemas que enfrentamos diariamente.
Informação: É impossível falar sobre
informação sem antes introduzirmos o conceito de dado. Dado é uma sequência de
símbolos puramente sintática, ou seja, é uma entidade que sozinha não possui
significado. Por exemplo, se eu digo apenas “340”, isto não quer dizer muita
coisa, mas se eu contextualizo dizendo também “é o número de páginas de um
livro” ou “é o número do bilhete premiado que ganhará uma viagem”, o número
“340” é contextualizado e passa a ter um significado, ou seja, deixa de ser um
dado e passa a ser uma informação. A informação é uma abstração que representa
algo significativo para alguém em determinado contexto. Sendo uma abstração,
não podemos guardar a informação em uma entidade computacional, para tanto
temos que reduzi-la a dados.
Mas se tudo o que conseguimos
com hardware e software é guardar dados, então porque falamos de tecnologia da
informação? (e não de tecnologia de dados?) De fato, temos que ter consciência
que nunca transitaremos informações de um ponto a outro, por mais que usemos os
componentes mais caros e contratemos os profissionais mais competentes, no fim,
estamos processando e transmitindo dados. Mas não basta levar dados, temos que
sabe o que levar, quando levar e a quem levar.
Não há nada mais gratificante
do que abrir um sistema, o site de um banco, por exemplo, e conseguir os dados
que precisamos rapidamente, de forma que instantaneamente eles se “transformam”
em informação e podemos tomar várias decisões em questões de minutos. Por outro
lado, não há nada mais frustrante do que procurar um simples telefone no site
de um fornecedor, e depois de rodar o site todo encontrá-lo perdido em uma
sessão do site pouco provável.
A sensação que tenho aqui é que
um dado pode ser considerado bom quando, ao recebê-lo, já não o distinguimos
mais da informação, ele parece ser a própria informação. Ao fazermos isso,
estamos conseguindo gerar no receptor informações que valham a pena, ou seja,
estamos criando um modo de transmitir algo abstrato (a informação), estamos
fazendo tecnologia da informação.
Deste modo, uma possível definição para Tecnologia da informação é: “Tecnologia da Informação é inovar, de forma criativa, o modo que
levarmos dados as pessoas certas, no lugar certo e no momento certo, de forma
que estes dados possam ser rapidamente interpretados pelo receptor (que é quem
gera a informação), aumentando consideravelmente as chances de uma decisão ser
tomada corretamente.”
Apesar de normalmente fazermos
isso utilizando plataformas computacionais, o termo “Tecnologia da informação”
não implica obrigatoriamente no uso de hardware e software. Assim, nós
profissionais de TI, temos um horizonte muito maior e mais desafiador do que
podemos perceber em nosso dia-a-dia.
Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu
Fonte: APINFO.COM
Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu
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