sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Tecnologia nos estádios


Depois de 64 anos, o Brasil voltará a ser palco de mais uma Copa do Mundo. A abertura do Mundial de 2014 será onde está sendo construído o estádio do Corinthians, na zona leste da capital paulista. Quando estiver pronta, a arena deve ter recursos tecnológicos que já são usados em estádios de países desenvolvidos.

Paulo Ferreira é diretor executivo da Sonda IT e nos explica que, "obviamente, teremos 2 grandes telões no estádio, que vão ser os maiores e estarão direcionados para o público, passando cenas do jogo, marketing e outras imagens". Porém, ele diz que, ao todo, mais 2 mil ou 2,5 mil telas serão espalhadas dentro do estádio.

Mais do que isso, o novo estádio e todo o empreendimento, assim como já existe na Europa e nos Estados Unidos, será um espaço totalmente conectado: "O estádio do Corinthians vai ser todo coberto por wi-fi, ou seja, qualquer torcedor com tablet, ou telefone com acesso à internet, poderá ter informações que vão ser geradas pelo próprio estádio", diz Paulo.

Esqueça a antiga arquibancada de concreto puro. Os projetistas dos novos estádios têm dezenas de modelos de assentos à disposição. Um exemplo são os protótipos de arquibancadas retráteis. Os telões de LED gigantescos devem aparecer em vários desse novos projetos. Aliás, por falar em LED, opções de iluminação usando esse tipo de lâmpada não faltam, muitas inclusive já com sensor de presença e outras até com baterias carregadas pela luz solar.

Mas, uma das áreas que mais chama a atenção é a das soluções para segurança, como sistemas de vídeo e catracas inteligentes. Um produto alemão, que é uma das últimas palavras em monitoramento de estádios, permite que, com apenas dois dispositivos como este, que podem levar até 18 câmeras inteligentes de alta definição embutidas, seja possível acompanhar tudo o que acontece nas arquibancadas. O zoom permite identificar uma pessoa na multidão e até acompanhá-la em tempo real. Reinaldo Heigl, assistente comercial da Dallmeier, nos explica que, com esse sistema, é possível gravar o estádio inteiro em tempo real e dar zoom em tumultos ou problemas, sem perder a gravação do contorno total.

Aqui, a idéia é juntar, num único sistema, segurança e entretenimento, desde a emissão dos ingressos até o sistema multimídia do estádio, com até 64 câmeras acompanhando a partida e possibilidade de replay no telão com mais de um ângulo de visão.

Decio Kishi, diretor de vendas da Colosseo diz que, se o jogador possuir um chip em sua camisa, como ocorre nos capacetes de Hóquei, dá para controlar, também, as estatistícas dos jogadores. "Dá para saber quantos quilômetros ele correu em campo", diz.

Este mesmo sistema integra, ainda, catracas com reconhecimento facial e câmeras capazes de identificar e acompanhar todos os seus passos dentro do estádio. Decio explica que o reconhecimento facial foi acoplado ao banco de dados da Interpol, para evitar terrorismo, hooligans e outros problemas.

Já a Madis Rodbel, que é 100% brasileira, tem equipamentos instalados nos mais importantes estádios de futebol do mundo. Esta catraca inteligente comporta o fluxo de cerca de 1200 pessoas por hora e tem um leitor configurável capaz de identificar qualquer tipo de bilhete. Evaldo Battaini, representante comercial da empresa, diz que "se você tiver um bilhete que comprou pela internet, com código de barras, e que você imprimiu em uma folha A4, não terá problemas para fazer a leitura. Se você o recebeu pelo celular, basta apontar o aparelho para o leitor e pronto".

As catracas têm também sensores que identificam a presença humana e são motorizadas - ou seja, diferente das tradicionais que já conhecemos, ela não requer qualquer contato físico com o usuário. Ao identificar e ler o bilhete, ela gira automaticamente liberando a entrada. Isso, segundo eles, gera uma necessidade de 40% menos equipamentos para atender as exigências da FIFA nos estádios para a Copa de 2014.

Evaldo explica como o sistema age: "Em caso de pânico, o próprio sistema vai acionar o software do estádio, derrubando as hastes e dando passagem de 100% do espaço para que as pessoas passem, como exige a Fifa", diz.

Na teoria, tudo isso parece muito moderno, prático e seguro. Mas, todos sabemos que o país está atrasado nas obras dos estádios do mundial. O governo, no entanto, diz que as arenas vão estar prontas e com muita tecnologia disponível, inclusive com a conexão 4G.


Fonte: Olhar Digital

É a tecnologia chegando em todos lugares possíveis. 

Até breve com mais um Tecnologia em Foco.
Sérgio Rodrigo de Abreu

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lifebook 2013

Tendo o Notebook como pioneiro nesse mercado de tecnologia e seguido dos Netbooks, já vimos aqui uma nova tendência para 2012, que são os Ultrabooks, os notebooks super finos. E para 2013 já está surgindo uma novidade que pode emplacar. É o Lifebook 2013.


Lifebook 2013 é um notebook All-in-one, ou seja, tudo em um. A ideia parte do princípio de "hardware compartilhado", que reúne câmera, smartphone, tablet e mp3.

Esses e tantos outros produtos que nos deixam conectados 24 horas por dia poderão ser reunidos em um só dispositivo, de uma maneira prática e bastante organizada. Essa é a proposta do Lifebook que, como o próprio nome já diz, reúne, em um único aparelho, os principais produtos tecnológicos da geração atual, como smartphone, tablet, câmera digital e MP3 player.


Divulgada no site Yankoo Design, o aparelho, criado pelo designer Prashant Chandra, integra um leitor para cada dispositivo, formando um PC "tudo-em-um". Apesar de funcionarem de forma independente, todos compartilham ferramentas, arquivos, processam energia, se recarregam e são sincronizados ao mesmo tempo.

Semelhante ao formato de um notebook, o dispositivo não possui um teclado convencional como estamos acostumados a ver, pois utiliza um tablet interno como periférico. Ele ainda pode transformar o computador portátil em um aparelho com duas telas, permitindo que o visor touchscreen do tablet seja utilizado como um bloco de desenhos, por exemplo.

A câmera fotográfica, além de transferir suas fotografias para o aparelho, pode ser usada como uma webcam. Já o smartphone fica acoplado na parte frontal do notebook, com a possibilidade de fornecer energia de processamento, assim como uma bateria extra. Além disso, se você consegue acessar a internet pelo celular, é possível utilizá-lo como modem 3G ou 4G.

Por enquanto, o Lifebook é apenas um conceito, e não tem previsão de preço nem quando será lançado no mercado. Mas, em uma das imagens, é possível ver a frase "Lifebook 2013". Será que, no ano que vem, o veremos nas lojas?

Fonte: Olhar Digital

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Crowdsourcing - Produção Colaborativa


     Seguindo a linha da matéria da semana passada sobre crowdfunding, hoje iremos abordar o tema crowdsourcing, que é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo, soluções, produtos ou desenvolver novas tecnologias. Pode ser chamada de produção colaborativa.

     O crowdsourcing possui mão-de-obra barata, pessoas no dia-a-dia usam seus momentos ociosos para criar a colaboração. É uma nova e crescente ferramenta para a inovação. Utilizado adequadamente, pode gerar ideias novas, reduzir o tempo de investigação e de desenvolvimento dos projetos, diminuir custos, além de criar uma relação direta e até uma ligação sentimental com os clientes. Dois bons exemplos de produtos obtidos através do sistema são o Sistema Operacional Linux e o navegador Firefox, que foram criados por um exército de voluntários ao redor do mundo.

     No modelo do crowdsourcing, a empresa consulta a nuvem (crowd) de produção, anuncia seu problema e determina um preço. Este processo tem o nome “broadcasting“. As pessoas e empresas desta nuvem surgem com as propostas (ou com a solução pronta) e você escolhe a melhor. E essas soluções podem vir desde amadores até os mais experientes.

Exemplos de crowdsourcing:
ideias.me – Empresa brasileira que tem feito um ótimo trabalho para ajudar empresas a resolver seus problemas.
istockphoto.com – o sistema armazena milhões de fotos de milhares de fotógrafos. Hoje não é preciso contratar um fotógrafo. Basta entrar no site, pesquisar e comprar a foto.
Netflix – uma locadora  nos EUA que aluga filmes pela internet. Anunciaram o prêmio de 1 milhão de dollares para qualquer pessoa que elaborar um algorítmo de recomendação pelo menos 10% melhor que o atual.
Fiat Mio – a Fiat lançou recentemente no Brasil uma rede social para seus consumidores poderem opinar e projetar um novo carro conceito.

Cerveja Colaborativa


     Mas a imaginação humana não para por aí. A Samuel Adams, marca de cerveja fabricada pela americana Boston Beer Company, decidiu apostar no conceito de crowdsourcing – uso do conhecimento coletivo espalhado na Internet para desenvolvimento de produtos, conteúdo ou tecnologia – para produzir sua próxima marca de cerveja artesanal. Para tanto, a empresa se uniu ao especialista em redes sociais Guy Kawasaki –escritor, ex-evangelizador chefe da Apple, um dos fundadores da Alltop.com e sócio fundador da Garage Technology Ventures — no desenvolvimento de aplicação interativa no Facebook.

     O programa permite que amantes da cerveja contribuam para o desenvolvimento de uma receita ideal para a bebida artesanal ponderando sobre aspectos como cor, clareza, corpo (sensação na boca), malte (doçura), lúpulo (amargor) e levedura (acabamento/ sabores complexos). O convite aos interessados está sendo feito pelas páginas da empresa no Twitter, Facebook e Google+.

     A idéia da fabricante é produzir a “cerveja colaborativa” durante o mês de fevereiro. A estreia da marca deverá ocorrer em 10 de março, durante festival em Austin (Texas). Segundo a Samuel Adams, os fãs da marca no Facebook serão os primeiros a saber quando a nova bebida estará amplamente disponível no mercado americano.

É o mundo com suas tendências colaborativas.

Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu