terça-feira, 24 de janeiro de 2012

As urgências sem urgência...



- Preciso desse relatório pra hoje! – Diz o gerente para seu subordinado às 17:50 de sexta feira.

Certo da “urgência” dessa informação, o subordinado fica então até as 23:00 na empresa, desenvolvendo o relatório. Cancela sua academia e jantar com a família, come um sanduíche e se mantém concentrado com muita cafeína. Finalizado o trabalho envia ao gerente por e-mail e segue para sua casa.

- Tudo certo com o relatório? – Pergunta o subordinado às 16 horas de TERÇA FEIRA.

- Ainda não tive tempo de olhar. – Dispara o gerente.

Quem não vive situações iguais a essa no dia-dia
que atire a primeira pedra!

Pois bem, vamos analisar a situação:
O impacto na vida do subordinado vai desde sua saúde, quando cancelou academia e tomou uma overdose de cafeína, ao desconforto familiar quando não pode brincar com seu filho nem mesmo jantar com sua família em uma noite de sexta feira. E porque? Simplesmente para atender a loucura de pessoas que se vêem no direito de infernizar a vida alheia sem a mínima necessidade. Eu vivo me perguntando por que as pessoas fazem isso, que é muito mais comum do que imaginamos. Eu mesmo vivenciei situações como essa inúmeras vezes, e não é um problema particular meu. Em debates com colegas, pesquisas e leituras presencio constantemente esse fato.

Pessoal o que está acontecendo? Porque essas situações ocorrem? Existe sensação de prazer em delegar tarefas com o estardalhaço da urgência sendo que, na maioria das vezes nem o que será feito com as informações foi definido?

Gerentes/Chefias em Geral: Não me venham com essa de que o mundo corporativo é muito dinâmico ou que surgiram outras prioridades, o que eu vejo é a falta de organização e foco, um método antiquado e antigo de se trabalhar onde a pressão e a produção eram grandezas proporcionais. Digo mais, não percebem que agindo assim vocês abrem margem para manter uma equipe totalmente desmotivada e estressada? Agindo assim vocês fazem com que os SEUS superiores também o façam!

Por favor, vamos pensar de maneira sensata ao delegar uma tarefa e, pensar duas vezes em defini-la como urgente. Primeiro pergunte-se ao menos se irá olhar no prazo em que está solicitando ou trata-se apenas de um capricho, um ego a ser preenchido. Sendo assim, coloque na balança: inflo meu ego e vivo em um ambiente pesado onde todos fazem mau julgamento da minha pessoa; ou, me organizo, fazendo um bem pra mim mesmo e sou bombardeado de olhares de admiração e energias positivas me rodeando. Você pode ser um humilde amado ou um carrasco respeitado, faça sua escolha.

Reflitam sobre a profundidade dessa citação: “Tudo deveria se tornar o mais simples possível, mas não simplificado” – Albert Einstein

Fonte: Carlos Eduardo Bier
Até breve com mais um Tecnologia em Foco
Sérgio Rodrigo de Abreu

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